Júlia Maria da Caridade b. 8 February 1707 d. 1777

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Events

8 February 1707 birth: Horta, Açores, Portugal

12 February 1707 christening: N. S. das Angústias, Horta, Ilha Faial, Açores, Portugal

29 June 1724 marriage: São João Del Rei, MG, Brasil

1777 death: São João Del Rei, MG, Brasil

Notes

Nos registros de constava: Clã:Nunes; Falecimento: 1760

Segunda das Três Ilhoas

Diogo Garcia e Júlia Maria da Caridade. Ela era uma das lendárias Três Ilhoas. Sobre ela e seus descendentes, existe um livro do genealogista José Guimarães, patrocinado e publicado em 1990 pelo genealogista Roberto Vasconcellos Martins, intitulado "As Três Ilhoas".

A história desse casal esta descrita com detalhes nas primeiras 16 páginas desse livro.

Júlia Maria da Caridade nasceu em 8 de fevereiro de 1707, às 7 horas da tarde, e foi batizada em 13 de fevereiro do mesmo ano, pelo Cura Antônio Fernandes, tendo por padrinhos Manuel Gonçalves, mareante (homem do mar, navegante, marinheiro), e sua mulher Antônia de Graça, e sendo testemunhas Manuel Corrêa, mareante, e João Furtado de Mendonça, Procurador do Número, todos moradores na mesma Freguesia.

Julia Maria já era falecida em 1787, porque, nesse ano, foi celebrado em Campanha o batizado de seu neto Manuel, constando serem falecidos os avós maternos. Casou-se em 29 de junho de 1724, em São João del Rey, MG, com o seu conterrâneo Diogo Garcia, batizado aos 13 de março de 1690, tendo falecido após 23 de março de 1762, pois nessa data assinou seu testamento, documento divulgado pelo Dr. Ricardo Gunbleton Daunt, no trabalho intitulado " O Capitão Diogo Garcia da Cruz". Ambos nasceram na Freguesia de Nossa Senhora das Angústias, Vila de Horta, Ilha do Fayal, Bispado de Angra, Arquipélago dos Açores, Portugal.

Júlia Maria veio para o Brasil aproximadamente em 1723 em companhia de sua mãe e de suas 2 irmãs e foram morar na casa de seu futuro marido Diogo Garcia, que nessa ocasião já morava no Rio das Mortes Pequenas, Freguesia de São João del Rey, MG, local onde se casaram em 1724. O casal teve 14 filhos, porém, segundo o testamento de Diogo Garcia ele relaciona somente 13 filhos, omitido Francisca Teresa de Jesus, por razões que desconheço. Foram eles: Ana Maria do Nascimento, Helena Maria de Jesus, Maria do Espírito Santo, José Garcia, Júlia Maria do Nascimento, Diogo Garcia Filho, Teresa Maria de Jesus, Catarina Maria do Espírito Santo, João Luis Gonçalves, Capitão, Madalena Maria Garcia, Padre Manuel Gonçalves Corrêa, Antônio, Francisca Teresa de Jesus (não mencionada no seu testamento - página. 6, do segundo volume, primeira parte - As Três Ilhoas) e Mateus Luis Garcia.

Outro documento referente a capela aparece em 1879, quando Ana Victoria de S. José, proprietária da Capela do Saco faz doação de Nossa Senhora da Conceição do "terreno de culturas e campo onde está situada a capela", "para seu logradouro e construção de casas de pessoas que quizerem formar povoação em circunferência da mesma capella", sendo uma data inscrita segundo um documento datado de 28 de junho de 1812 e segundo a Sra. Marta Maria Amato é de 08 de junho de 1802, podendo se tratar da data de execução do retábulo.

Consta ainda que a origem da capela "se prende a tradição das TRÊS ILHOAS". Julia Maria, Helena Maria e Antônia da Graça ficaram conhecidas como as três Ilhoas, por terem vindo da ilha do Farial e terem sido " os troncos das três grandes famílias de Resendes, Carvalhos e Junqueiras que entrelaçando-se, há tantos anos, com tantas outras, hoje cobrem quase todo o Centro Sul de Minas e grande parte de são Paulo" no dizer do ministro Ferreira Resende, em 1887.

A Senhora Júlia Maria da Caridade seria a proprietária da fazenda do Saco, assim chamada por se achar edificada no lugar do Rio Grande, depois de notável sinuosidade, se comprime deixando, bem de ver-se, a forma de um saco, daí o nome da fazenda que passou também para a Capela.

Reza a história ser esta Sra. distinta, a quem os oriundos do povoado rendem homenagens, devotíssima de N.S. da Conceição, por isso edificou o pequeno Templo em sua Honra.

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