Fernando de Magalhães b. 3 December 1933 d. 18 January 2024

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Events

3 December 1933 birth: Belo Horizonte, MG, Brasil

marriage: ♀ Maria Antonia de Sousa (Magalhães) [Sousa] b. 12 June 1939

5 February 1962 child birth: ♀ Rosalia de Magalhães (Castilho) [Magalhães] b. 5 February 1962

21 February 1966 child birth: Belo Horizonte, MG, Brasil, ♀ Adriana de Magalhães [Magalhães] b. 21 February 1966

25 April 1969 child birth: ♂ Fernando de Magalhães Junior [Magalhães] b. 25 April 1969

12 June 1975 child birth: Belo Horizonte, MG, Brasil, ♀ Daniela de Magalhães [Magalhães] b. 12 June 1975

18 January 2024 death: Belo Horizonte, MG, Brasil

Notes

Papai, Fernando de Magalhães, pessoa conhecida por todos pela sua grande afetuosidade, falece aos 90 anos.

Após uma vida digna e admirável, deixa lindo legado, 4 filhos (seus tesouros como ele dizia), 2 genros, uma nora, 5 netos e três bisnetos.

Filho de Sr. Américo e Dona Fertinha, era o terceiro de dez irmãos. Foi ao encontro dos 3 que já se foram: Marta, Esther e Guilherme.

Apesar de nascido em Belo Horizonte, era apaixonado pelas cidades de origem da família: Santo Antônio do Monte e especialmente Florália.

Casou-se com Maria Antônia (Marizinha para os íntimos), em Rio Piracicaba, onde iniciou a profissão de bancário e fez muitas amizades, preservando fortes laços com as famílias Souza e Pinto Coelho.

Ex-seminarista, cultivou grandes amigos na comunidade Redentorista e até a poucos anos atrás ajudava a organizar os encontros anuais da turma de colegas em Juiz de Fora, que tanto gostava.

De contínuo aos 12 anos a Gerente no Banco Comércio e Indústria, fez linda história profissional e, quando aposentou-se precocemente do banco, resolveu se dedicar aos estudos. Fez seus três cursos superiores: Marketing, Relações Públicas e por fim Direito na Faculdade Milton Campos.

Aos 45 anos, após estágio como Corretor de Imóveis na Silvio Ximenes, fundou a CéuLar Imóveis e depois de dividir a sociedade com os filhos, assumiu sua grande paixão: a advocacia, especializando-se no direito imobiliário e também assumindo a consultoria jurídica da Tecnosolo Engenharia.

Manteve seu escritório por mais de duas décadas em sua honrada sede própria na Avenida Barbacena.

Não gostava de grandes mudanças, iniciou sua vida de casado e de pai na Rua Passos no Carlos Prates, depois adquiriu o apartamento da família na rua Dias Adorno no Santo Agostinho e veio a falecer no Edifício Maison no Santo Antônio.

Gostava de comidas, lugares e pessoas simples e, talvez por ser apaixonado pelo América Futebol Clube, adotou o verde como sua cor favorita.

Seu esporte predileto, após ter largado a futebol de fins de semana devido ao fato de ter perdido a visão direita, era a sinuca. Às noites de terças e quintas feiras, impreterivelmente ia ao Minas Tenis Clube, fazer sauna e jogar sinuca.

Os fins de semana eram dedicados ao Recanto, sítio dos irmãos, onde mantinha uma singela horta, encontrava a família, tomava suas cervejas Boehmias e as cachacinhas com os vizinhos e convidados (especialmente as doses da famosa Havana que tinha alegria em dividir com os amigos).

Era muito católico, com uma forte espiritualidade e valores cristãos. A frequência às missas semanais era sagrada. Quando éramos crianças levava todos nós com ele, sem aceitar desculpas, reclamações ou faltas. Não as aceitava também para os encontros na casa da vovó Fertinha onde jogava carteado com os irmãos, nem nos almoços em sua casa impreterivelmente às quintas feiras, onde, já adultos, sentávamos todos à mesa. Semanalmente tomava café da manhã na casa da Daniela num dia, lanchava aos domingos na casa da Rosália, almoçava às quartas na casa da Adriana e promovia encontros com Júnior...

Afinal, ele era assim: Agregador! Não esquecia nenhuma data de aniversário: dos irmãos, cunhados e cunhadas, sobrinhos e sobrinhas... e fazia questão de estar presente a todos as festas e eventos que o convidassem, sempre com muita alegria e disposição. Gostava de comemorar o seu aniversário sempre na data própria: 03 de dezembro.

Adorava visitar e ser visitado sendo que nunca chegava sem um agrado, sempre com frutas, balinhas ou um delicioso e crocante plarinê...

Sua saúde sempre foi maravilhosa, bons hábitos alimentares estimulados pela mamãe e constantes caminhadas o mantiveram sempre em forma.

Foi vítima de um assalto à mão armada mas o que que verdadeiramente impressionou a todos foi o milagre de não ter sequela alguma ao ter o pescoço trespassado por uma bala de arma 32’. Após inúmeros exames, para surpresa de todos, inclusive dos médicos, nada foi afetado e ele ainda manteve a bala em seu braço para contar a história, de forma sempre bem humorada, e oferecer: “quer uma balinha?”.

Mas, aos 80 anos foi diagnosticado com Alzheirmer, o que o levou aos poucos a fechar o escritório mas não se afastou de algumas das rotinas e das leituras dos jornais diários pois voltou à CéuLar. No entanto, durante a pandemia teve de se privar de muitas atividades e principalmente do relacionamento com os funcionários, que sempre o admiraram. Ele costumava ir de mesa em mesa, cumprimentando e conversando com todos!

Por fim, uma pneumonia num corpo já fragilizado pela doença, o levou...

Ele agora está ao lado de Deus, olhando por nós! E sempre estará em nossos corações com sua alegria e ternura genuínas. Nossas eventuais lágrimas serão de saudades e não de tristeza!

E parafraseando seus divertidos trocadilhos: O CÉU agora é o SEU lar!

(Adriana)

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